quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Paranormal apenas no lucro.





Não é mais surpresa para ninguém filmes de baixíssimo orçamento arrecadarem fortunas nas salas de todo o mundo. Recentimente tivemos o espanhol Rec, e é exatamente no gênero terror que produções assim levam milhares de pessoas ao cinema. Vale lembrar que tudo começou a cerca de dez anos, com Bruxa de Blair, que aliás, se assemelha bastante com Atividade Paranormal.

O custo da produção foi de míseros 11 mil dólares, bancados pelo próprio diretor, o israelense Oren Peli. Os atores centrais levaram apenas 500 dólares para mostrar serviço (há quem diga que pelas atuações até que saiu caro, o que discordo e acho que nosso casal fez bem o dever de casa), o restante do dinheiro foram para os equipamentos, comida ee iluminação. Nessa brincadeirinha toda a produção já arrecadou mais de 200 milhões de dólares em todo o mundo. Paranormal ou não?

Mas o que faz de Atividade paranormal o melhor terror de todos os tempos?



Talvez todo o marketing em cima do filme: trailer mostrando platéias aos prantos, a fama de filme mais assustador de todos os tempos, mantida pelos fãs (que já não são poucos e entendo porque já fui um deles, com Bruxa de Blair), e a idéia central que é no mínimo interessante e curiosa: o que acontece em nossos quartos quando estamos dormindo? A premissa segue por aí...

Um casal adquiri uma câmera ( destaque para o garotão que parece estar vendo um equipamento desses pela primeira vez na vida, chega a ser constrangedor a emoção do sujeito, e olha que na trama estamos em 2006) na expectativa de filmarem sua casa atrás de fenômenos paranormais que eles julgam existir no local. A coisa começa a complicar quando decidem pôr a câmera no quarto, de frente para a porta escancarada ("Vamos lá, entrem!"). Confesso que curti as primeiras noites e todo o clima que rolava quando o casal se deitava. A cena em que a garota se levanta no meio da noite, ficando quase duas horas em pé, olhando para o cara dormindo, é assustadora. Mas dalí o filme parece se arrastar, se torna repetitivo e não assusta. Cheguei a ficar exausto com a maldita câmera no quarto. O *final do filme é decepcionante (até nisso lembra seu antecessor), sem cabimento e nos faz refletir se não havia um jeito melhor de finalizar a coisa toda.



Numa época escassa de boas produções do gênero, Atividade paranormal é sim um bom filme de terror. Boatos afirmam que a PlayArte já pensa numa sequência, não acredito muito devido o desfecho do filme e como um bom fã de Bruxa de Blair, não arriscaria.

* Vale lembrar que o final nos cinemas (cuja idéia foi de Spielberg, fã da trama) não é o mesmo do filme baixado na net, que por sinal consegue ser pior que o desfecho exibido nas telonas. Consegue imaginar?

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